A Polícia Militar de São Paulo levou oito anos para implantar o sistema de câmeras de segurança nas fardas de membros da corporação policial. Com a tecnologia implantada em 2019 e ampliada a partir de 2020, o estado reduziu mortes de suspeitos e de policiais, e as gravações tornaram-se meio de coletar provas.

As câmeras foram instaladas no governo de João Dória (PSDB), com investimento e treinamento específico para os policiais militares do estado de São Paulo. Enquanto o candidato a governador Fernando Haddad (PT) promete ampliar o número de câmeras, Tarcísio de Freitas (Republicanos) enfatizou a promessa de retirá-las, mas recuou e disse que ouvirá especialistas.

Mais de 10 mil câmeras estão presentes em 64 unidades da polícia em São Paulo, com custo mensal de R$ 7,1 milhões. Os números ratificam a eficiência das câmeras: em 2019, 723 pessoas foram vítimas em ações policiais. Em 2020, quando as câmeras entraram em vigor de forma efusiva, foram 423 vítimas, uma redução de 41%. Até o final do primeiro semestre de 2022, batalhões da PM de São Paulo que adotaram câmeras pessoais tiveram uma redução de 87% nas ocorrências de confronto, 10 vezes mais que os batalhões que não utilizam o equipamento.